O transporte urbano em Ubatuba, cidade do litoral norte de São Paulo, tem sido um ponto de discórdia e preocupação entre a população e a administração municipal. Recentemente, o secretário adjunto de Segurança Pública e Gestão de Trânsito, Anibal Bastos, apresentou esclarecimentos sobre as deficiências no serviço de ônibus e as ações da Prefeitura em resposta às críticas dos vereadores e da população. Este artigo atualiza as informações sobre a situação do transporte urbano com base nas últimas declarações e eventos.
Problemas Identificados
As críticas ao transporte urbano em Ubatuba têm sido amplas e incluem:
- Condições dos Ônibus: A manutenção dos ônibus tem sido questionada, com relatos de veículos em estado precário, incluindo pneus carecas e falta de ar condicionado.
- Intervalos e Horários: Há reclamações sobre a irregularidade nos horários dos ônibus, com relatos de linhas reduzidas e horários que não correspondem às tabelas divulgadas.
- Tarifas e Custo: A diferença nas tarifas entre Ubatuba e cidades vizinhas, bem como a questão do valor pago pela Prefeitura para subsidiar o serviço, tem gerado discussões..
- Gestão e Representação: A falta de representantes legais da empresa operadora e a ausência de canais claros para reclamações têm sido um ponto de frustração para os usuários.
Respostas da Administração Municipal
O secretário adjunto Anibal Bastos abordou as preocupações levantadas pelos vereadores e pela população. As principais informações e atualizações incluem:
- Contrato com a Verde Bus: O contrato com a Verde Bus expirou no final de 2023. A administração anterior iniciou um processo para contratar uma nova empresa especializada para assessorar uma nova licitação. No entanto, devido ao afastamento da prefeita, esse processo foi arquivado. Com o retorno da prefeita, foi feita uma contratação emergencial com a Santa Cecília Turismo – Sancetur, para garantir a continuidade do serviço, utilizando a estrutura da antiga empresa.
- Situação de Emergência: Anibal Bastos explicou que uma nova empresa necessitaria de pelo menos três meses para estabelecer uma estrutura própria, incluindo novas garagens e manutenção. Optou-se, então, por uma contratação emergencial para minimizar o impacto na população, mesmo que isso não incluísse melhorias imediatas nos ônibus.
- Financiamento e Subsídios: O contrato emergencial com a Sancetur é de R$ 23 milhões para doze meses, incluindo o valor arrecadado com tarifas pagas pelos usuários. A Prefeitura subsidia cerca de R$ 8 milhões, com a tarifa atual fixada em R$ 8,45, sendo que o usuário paga R$ 5,00 e a Prefeitura cobre R$ 3,45.
- Critérios de Melhoria e Futuro da Licitação: O contrato emergencial não exige a troca imediata de ônibus ou melhorias, como ar condicionado, mas essas mudanças estão previstas para uma nova licitação com validade de dez anos. O contrato emergencial pode ser rescindido a qualquer momento se uma nova licitação for realizada.
Resposta às Críticas Específicas
- Horários e Linhas: Bastos negou que houve cortes nas linhas ou diminuição significativa na quilometragem rodada. Ele argumentou que todas as linhas e horários foram mantidos, e que as diferenças nas distâncias percorridas entre as cidades do Litoral Norte são significativas.
- Representação da Empresa e Reclamações: A ausência de um supervisor ou representante da empresa foi questionada, e Bastos se comprometeu a trazer o proprietário da empresa para prestar esclarecimentos na Câmara. A empresa, no entanto, afirmou que qualquer informação sobre o contrato está disponível no processo administrativo e não teria mais esclarecimentos a adicionar.
Conclusão
A situação do transporte urbano em Ubatuba está em um estado de transição e enfrenta diversos desafios, desde a manutenção dos ônibus até a gestão de horários e tarifas. A administração municipal, representada pelo secretário adjunto Anibal Bastos, tem tomado medidas para mitigar os problemas, como a contratação emergencial e o planejamento de uma nova licitação. Contudo, a falta de informações claras e a ausência de melhorias imediatas têm gerado insatisfação entre os usuários e críticos. A transparência nas ações e a comunicação eficaz com a população e os vereadores serão essenciais para resolver os problemas e restaurar a confiança no sistema de transporte urbano da cidade.