Pois bem, as eleições de 2024 chegaram ao fim em nossa região do Litoral Norte, e os prefeitos que governarão pelos próximos quatro anos foram escolhidos pela população. Em Caraguatatuba, Mateus Veneziani foi eleito; em São Sebastião, Reinaldinho assumirá o comando; Ubatuba será governada por Flavia Paschoal; e, em Ilhabela, Toninho Colucci foi reeleito.
A todos eles, meus parabéns e sinceros desejos de sucesso. Que cada um tenha a sabedoria de implementar ações voltadas para o bem-estar geral de nossos munícipes, promovendo o desenvolvimento sustentável e políticas públicas eficazes.
Neste período pós-eleitoral, é comum ouvirmos vozes que afirmam que tudo está ruim, que nossas cidades estão em declínio e que mudanças urgentes são necessárias. Esse sentimento de insatisfação sempre ganha força durante as eleições, quando as críticas vêm à tona e o desejo por renovação se intensifica. É importante escutar essas vozes, mas precisamos ponderar: será que essa percepção reflete toda a realidade ou, muitas vezes, é amplificada por narrativas que exageram os problemas? Estamos sendo guiados por uma visão distorcida ou por discursos construídos para fomentar o descontentamento?
Infelizmente, algumas candidaturas se baseiam em ataques infundados, ilações e na depreciação dos oponentes e do próprio processo eleitoral. O foco, que deveria estar em propostas e soluções, acaba sendo desviado para a disseminação de acusações sem fundamento. Isso mina a confiança no processo e desvia a atenção do que realmente importa: o bem-estar da população e o futuro de nossas cidades. Questionar o processo de maneira legítima faz parte da democracia, mas utilizar essas críticas como estratégia para descredibilizar o sistema e confundir os eleitores é prejudicial.
Ao final dessa jornada eleitoral, devemos refletir sobre o processo que vivenciamos em 2024. Foi uma campanha justa e democrática? De onde surgiram tantas fake news, tantas acusações infundadas e pesquisas com resultados tão conflitantes?
Essas questões nos levam a pensar sobre o impacto da desinformação e da manipulação nas decisões dos eleitores. Até que ponto os cidadãos conseguiram votar de forma consciente, com base em fatos e propostas reais, e não em distorções criadas para confundir?
O resultado das eleições é apenas o início de uma nova fase, mas a qualidade do processo democrático que a precede define os rumos que seguiremos. Que possamos aprender com esses desafios e trabalhar para fortalecer nossa democracia, tornando as próximas eleições mais transparentes e verdadeiramente representativas dos anseios populares.
Esta é, no entanto, a opinião e o sincero desejo deste que vos escreve regularmente, sempre com a intenção de levar a verdade.
Cesar Guimarães